Thursday, October 25, 2007

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Faço do meu corpo a ponte para o teu rochedo
Tudo em ti é inversamente verdadeiro
Não pertences ao sítio onde te ergui
Nem são grandes os teus braços nem clara a tua fronte

Mas, quer te saiba assim, quer não

As tuas mãos deslizam-me nas coxas
Palpo-te as tuas por dentro molhadas
Somos escassos para tanta sede
Algo nos procura desde sempre

E a seu clímax, ainda que não o entendas, é permanecer assim.



In Letras de Babel