Vai ser preciso tropeçar, cair e dar cabo de um joelho para sentir a dor a latejar, quando a informação desta chega ao cérebro. Retenha-se: às vezes cai-se, outras magoamo-nos. E vai doer. Vamos mesmo ter de nos aguentar. Está-se no mundo precisamente para isso: para (re)conhecer o impacto de uma queda, (re)conhecer a intensidade das consequências, aprender a suportar o que incomoda e a olhar para cima; utilizando o chão, impulsionar e reerguermo-nos. Medalha e diploma para quem aprendeu nas primeiras aulas. Quem ficou retido, cairá as vezes necessárias até perceber como ficar de pé e andar em linha recta, sempre muito atento aos obstáculos que nascem, como cogumelos, do chão. Ora isto pode até parecer infantilmente fácil, mas não é. E só se vai perceber esta indelével verdade depois de cair, magoar e levantarmo-nos umas boas vezes, e longe, muito longe da infância. Talvez quando se perceber a paz num minuto de silêncio tranquilo que cabe dentro de um abraço sincero.
In Gostar à bruta
Wednesday, October 24, 2007
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