"Oh, imaculado arauto de Lúcifer,
Oh, Vénus dos novos e brandos tempos…
Esse roçagar de fantasia…
Esse ar de quimera e utopia…
Tudo em ti é belo e terreno,
Tudo é inócuo e sublime…
Meu ente exclama de agonia
Ao fitar tamanha ousadia
Desse afoito ser criador
Que concebeu objecto de tão intensa dor…
Oh, pura candidez
Desse autor fecundo
E libidinoso, que retumbando a timidez
Concebeu e agigantou ser tão rotundo
Lascivo e deleitoso evocado Mulher…
Objecto de desmedidas paixões
E retumbantes emoções…
Arrebata o mais lógico dos racionais
Alicia o mais altivo dos mortais…
Oh, ser tão formoso e manipulador
Oh, assustadoramente dissimulador…
Abarcas a mente, envolves o todo
Alojas luxúria, assolas um povo…
Que outro ser terrivelmente mordaz
Poderia lograr tanta lúcida mente?
Será este um ente sagaz?
Ou um casto e puro ser somente?"
Thursday, April 5, 2007
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